Todos os dias acordo com aquela sensação de INSATISFAÇÃO.
Sensação de que todo o tempo que dispenso no trabalho é
tempo perdido.
Sensação de que tenho muito mais para oferecer.
Sensação de IMPOTÊNCIA…
Já me cheguei a sentir realizada profissionalmente. Gostava
daquilo que fazia. Dava tudo o que tinha e não tinha. Horas e horas que dei
aquela empresa.
Nunca esperei nada de especial em troca. Mas um obrigado não
era pedir demais.
Neste momento sinto que a secção onde trabalho se desmorona
a cada dia que passa.
Tentei alertar os meus chefes e para além do problema apresentei-lhes
algumas soluções. As quais, na minha opinião são executáveis e dão resultados
no curto prazo. (Quem não sabe que uma reunião de discussão de ideias faz
milagres? Pelos vistos eles não).
Mais uma vez fui ouvida mas numa conversa que não deu frutos,
isto é, “tudo o que disse entrou num ouvido a 100 e saiu rapidamente pelo outro
a 2000”.
Todos os dias são uma frustração. Eu trabalho no Pingo Doce,
na secção da Reposição. Não espero fazer disso o meu futuro, e por isso é que
me encontro a tirar o curso de Gestão, mas não consigo trabalhar em algo sem me
entregar de corpo e alma. Por isso aprendi a gostar do que faço e a lutar por
melhores condições, mais organização e um método mais uniforme de execução de
tarefas.
No entanto, em vez de encontrar pela frente uma tarefa não
muito difícil em que seria “um por todos e todos por um”, encontrei “um contra
todos” ou “todos contra um”, isto é, todos acham muito bem as ideias que dou
mas aplica-las nem pensar. E porque? Porque dá trabalho ser organizado…
Enfim, acho que tenho lutado muito e sinto que cheguei ao
limite da paciência. Neste momento a DESMOTIVAÇÃO tomou conta do meu dia dia profissional …
Será possível. Sempre pensei que uma das tarefas dos nossos
chefes era motivar a equipa, e ainda acredito nisso, mas no meu trabalho acontece
precisamente o contrário.
Não entendo, juro que não consigo mesmo perceber.
